Essa Prática de cenário aberto, foi realizada durante a pandemia pela professora Mara Lúcia Castilho na disciplina de História e Geografia, sobre o tema “O contexto histórico das epedemias e pandemias” na Escola de Educação Básica Professora Adelina Régis. Os alunos interagiram com cientistas sociais, pesquisadores educacionais e comunidade local, incluindo familiares. Foi apoiado pela APC PUC-PR.
IMPORTAR-SE: Os alunos estavam envolvidos na discussão sobre o plano de contingência COVID-19 e buscavam entender o contexto histórico, social e cultural das epidemias e pandemias. Os participantes foram 180 alunos, entre 14 e 17 anos, das 1ª, 2ª e 3ª series do ensino médio, tendo 162 deles concluídos as ações científicas seus familiares, um professor, um pesquisador e um cientista que compartilharam suas preocupações sobre a COVID-19 e ideias para reduzir a transmissão sustentadas pela Declaração Federal Brasileira dos direitos e deveres humanos e cidadãos. Junto aos familiares os alunos buscaram entender e coletaram informações em fontes bibliográficas sobre o que seria epidemias e pandemias, suas diferenças, em quais sociedades esse fenômeno já aconteceu, quando e por quê. Procuraram levantar-se também, em diferentes fontes bibliográficas, causas e efeitos no contexto social, sobretudo os desafios éticos da saúde, da economia, da política e dos direitos humanos que se tornaram pontos relevantes nas tomadas de decisões.
CONHECER: Em sala de aula os alunos partilharam as informações prévias levantadas para elaboração de uma linha do tempo, com localização espacial, elaboração de conceitos e debates, entre outras atividades. Em relação aos conhecimentos, foram desenvolvidos, de forma interdisciplinar e transdisciplinar, a integração das disciplinas de História e Geografia na análise de dados históricos e científicos. Dessa forma, foi possível entender as epidemias e pandemias na linha do tempo, bem como a localização no espaço geográfico. Saber quando, onde e como os fatos históricos aconteceram no mundo foi fundamental.
Enquanto habilidades, foram desenvolvidas a capacidade do(a) aluno(a) de contextualizar os fatos históricos do passado para compreender o presente, bem como prever para o futuro novas alternativas que poderão solucionar outras pandemias; outra habiliade foi a de reflexão sobre tomadas de decisões responsáveis com ética, empatia e suas relações sociais e culturais.
Por essas ações no processo ensino aprendizagem, observou-se enquanto atitudes, a valorização dos registros históricos para novas abordagem de conhecimentos; as possibilidades que novas formas de aprendizagem, em tempo de pandemia, promovem nas relações sociais, éticas e o respeito pela vida, como também a promoção da empatia para a superação do “caos” provocado pelas epidemias e pandemias, por meio do conhecimento adquirido.
FAZER: Os alunos estiveram envolvidos nas seguintes atividades:
CONSTATAÇÕES: A metodologia do cenário aberto utilizado foi a aprendizagem colaborativa baseada em projetos. Os alunos trouxeram suas próprias perguntas, discutidas com os cientistas e suas famílias. Os professores acharam a atividade de ensino aberto útil para a Contextualização da Declaração Federal Brasileira com a pandemia destacando os direitos e deveres humanos e cidadãos.
RESULTADOS:
A integração do currículo escolar com a ação científica possibilitou novas práticas de ensino e aprendizagem cujas adaptações serviram para aperfeiçoar o desenvolvimento do aprender e do ensinar. Currículo escolar e ação científica se complementam. O Novo Ensino Médio possibilitou várias inovações no currículo escolar e na forma de planejamento que possibilita os(as) professores(as) se reunirem por áreas de conhecimento, o que facilita o planejamento de ações, a aplicabilidade das atividades de aprendizagem, a utilização dos recursos tecnológicos e a interação curricular baseada em projetos integrados.
A performance apresentada pelos(as) alunos(as) mostrou o domínio de conteúdo sobre a história das epidemias e pandemias. Eles(as) abraçaram a ideia e se colocaram como personagem principal na história: os diferentes vírus. Desta forma, a atividade instigou e motivou o estudo como algo tranquilo e divertido
No entanto, o distanciamento social provocado pela pandemia, causou muitos transtornos na rotina escolar, muitas mudanças, que como exemplo, impossibilitaram o contato com cientistas. O retorno das aulas presenciais com 50% dos(as) estudantes reduziu o tempo para a realização das atividades de aprendizagem.